O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou que o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) se abstenha de divulgar mensagens aos filiados com propaganda eleitoral a favor de candidato à Presidência. O ministro analisou, em caráter liminar, representação proposta pela coligação da presidente e candidata do PT, Dilma Rousseff. A campanha petista alegou que o sindicato divulgou um informativo com a intenção de promover o adversário de Dilma, o candidato do PSDB, Aécio Neves.
O informativo, denominado "Apito Brasil", informa no título que o Banco Central seria fortalecido numa eventual gestão de Aécio Neves, de acordo com a campanha de Dilma. A mensagem aponta ainda que o tucano prometeu que o BC voltará a ser respeitado e também afirmou que vai criar um comitê de negociação sindical permanente. Em nota distribuída hoje, o Sinal afirma que "em tempo algum se manifestou em apreço ou desapreço a qualquer (sic) dos candidatos".
"O sindicato tem se limitado, só ou na companhia de outras entidades sindicais, a apresentar proposições e questionamentos a todos os postulantes ao governo federal e ao Congresso Nacional, reportando nos seus informativos as respostas e manifestações que recebe", diz a nota, que termina dizendo que a diretoria do Sinal foi surpreendida "com a decisão monocrática, noticiada pelo TSE". De qualquer forma, diz ter retirado do ar "o informativo objeto da polêmica".