Dilma reagiu com indignação, afirmou não ter cabimento o tucano defender que um programa com a dimensão do Bolsa Família, que atende a 50 milhões de pessoas, ser relacionado a um programa como o Bolsa Escola, que segundo a petista atendia a 5 milhões. "Aí passou de todos os limites, já estamos na fabulação", disse a presidente. "Vocês jamais aplicaram recursos em grandes programas sociais", afirmou ao acusar o governo do PSDB, que antecedeu a gestão petista, de "proibir" o governo federal de investir em escolas técnicas. Dilma também aproveitou para engatar a crítica ao ajuste fiscal prometido pelo adversário, argumentando que poderia impactar os programas sociais que são vitrine do governo do PT, como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec, de acesso a ensino técnico. "Não condicionamos nossos programas a medidas impopulares, como ajustes fiscais e choque de gestão", disse Dilma.
Aécio reafirmou que não pretende acabar com programas sociais nem com bancos públicos, como vem sendo colocado pelo PT.
Pouco antes a esse embate, Aécio havia questionado o motivo do sigilo de empréstimos do BNDES a um porto em Cuba. Dilma não respondeu diretamente sobre a questão do sigilo, mas disse que o Brasil está disputando financiamentos na área de serviços, porque é uma "área estratégica no mundo". A presidente argumentou que o processo gera empregos no País. Aécio chegou a pedir explicações de por que esses investimentos não se destinaram a portos brasileiros, ao que Dilma respondeu: "o financiamento não foi feito a Cuba, porque não pode ser feito a Cuba. Fizemos investimentos a empresas brasileiras"..