Costa e Youssef afirmaram que o PT recebia propina em contratos da estatal, tendo apontado o tesoureiro do partido, João Vaccari, como um dos envolvidos no suposto esquema. Vaccari negou em nota as acusações. A presidente classificou como "golpe" a utilização eleitoral do depoimento de ambos.
"(Dilma) não manifestou, contudo, a mesma indignação com o conteúdo revelado pelo ex-diretor da Petrobras e também pelo doleiro Alberto Youssef nos depoimentos que vêm prestando. Dilma desconheceu também que os dados revelados são públicos, e não sigilosos", critica a análise feita pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos.
Intitulado "Terrorismo golpista", o artigo afirma que em toda a véspera de eleição a "história se repete". Segundo a análise, o PT, sempre que se vê em apuros, "esperneia, mente, deturpa, apela". "Às suas armas habituais, os petistas agregam a tese de 'golpe'. Tudo porque estão a um passo de perder o poder", afirma.
O texto diz que, para Dilma, saber que o patrimônio dos brasileiros está sendo garfado pelo PT é "golpe" dos que investigam o caso.
A análise diz que é fácil perceber o desapreço da presidente e dos petistas pelas instituições, pelos poderes do Estado e pelos valores democráticos. E sustenta que o sinal "claro" passado é que a candidata à reeleição e o partido dela "não aceitam as regras do jogo, exceto se lhe são favoráveis".
"É também por esta razão que os petistas transformam sua propaganda eleitoral no mais puro terrorismo. É o medo de quem não aceita o saudável preceito da alternância de poder, o medo da mudança que o cidadão brasileiro quer e vai ter. Para o petismo, a revelação de que o partido surrupia o dinheiro dos brasileiros presta-se a 'manipular a eleição'. Nada disso: é mais uma informação fundamental para que a população diga que não admite mais isso, que não se curva ao terror e dará um basta a este estado de descalabro quando voltar às urnas no fim da semana que vem", conclui o texto..