O Ministério Público Federal rejeita um perdão geral a empreiteiras suspeitas de participar de desvios na Petrobras. A força-tarefa da Operação Lava a Jato não garantirá que empresários não sejam presos ou que continuem a contratar com a administração pelo simples fato de confessarem irregularidades.
A conclusão foi que só uma empresa pode assinar esse acordo. As outras construtoras seriam denunciadas e punidas integralmente. E mesmo quem fez o acerto com o Cade pode sofrer sanções se a colaboração for insuficiente. Outra conclusão é que a melhor solução é que os executivos também fechem pactos de delação premiada com o MP. Mas esses acordos não serão para todos e não resultarão em anistia completa.
Provas disso são os próprios delatores da Lava a Jato. O engenheiro Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef serão denunciados em outras ações criminais por lavagem de dinheiro por novas irregularidades descobertas na Petrobras. Os processos serão abertos para se revelar toda a verdade dos fatos, punir os participantes, mesmo que dois deles que firmaram trato de delação, tenham penas reduzidas.
O MPF já rejeitou outros dois pedidos de acordo de delação feitos por réus que queriam o perdão judicial. Carlos Alberto Costa e Ediel Viana não tinham nada de relevante a oferecer para a apuração. Já Lucas Pace conseguiu acordo com a Procuradoria porque forneceu informações importantes sobre bancos e corretoras.