Assim como em outros Estados, as alianças políticas do Rio Grande do Sul criaram situações contraditórias. Temer declara apoio a José Ivo Sartori, candidato do partido ao governo do Estado, que já fez manifestação pública de apoio a Aécio. Líder nas pesquisas de intenção de votos entre os gaúchos, Sartori não estava entre as cerca de 50 pessoas que recepcionaram Temer no comitê do vice-presidente em Porto Alegre e promete estar com Aécio em ato público previsto para este sábado, 18.
Embora diga compreender a opção de Sartori como uma contingência local, imposta pela rivalidade histórica do PMDB com o PT no Rio Grande do Sul, Temer mandou recados indiretos aos filiados ao partido durante rápida entrevista coletiva na capital gaúcha.
"Sou presidente nacional do partido e meu dever é acompanhar as decisões das convenções", reiterou Temer. "A convenção nacional decidiu democraticamente renovar a chapa comigo na vice-presidência (da República) e aqui, em face das dificuldades locais, a convenção decidiu apoiar Sartori, então meu apoio aqui é para Sartori", explicou.
"Eu tenho coerência peemedebista e peço àqueles que apoiam Sartori que votem, por coerência com a decisão nacional, em Dilma e, naturalmente, em mim".
Questionado duas vezes pelos jornalistas sobre a hipótese de o PMDB ir para a oposição em caso de vitória de Aécio, Temer evitou indicar o rumo que o partido tomaria. "Isso vamos decidir depois, não é assunto para agora", desconversou. "A afirmação que fazemos é que vamos ganhar a eleição".
Apesar de convicto de que será reeleito, Michel Temer admitiu que nunca é fácil vencer uma eleição, mesmo quando as pesquisas são favoráveis, porque o último momento da campanha é o mais decisivo. Revelou, ainda, que a chapa acredita que vai conquistar boa parte dos votos dos indecisos e dos eleitores que optaram por Marina Silva (PSB) no primeiro turno.