Na comparação, Feldman disse que o poder intoxica. "É como o vício do crack, o PT está intoxicado (pelo poder)", destacou, citando como exemplo o escândalo da Petrobras, com o desvio de recursos públicos para manter o apoio de siglas da base aliada. "O indivíduo que usa drogas perde o raciocínio e não acha que está viciado", emendou.
Questionado se estava comparando os petistas que estão no poder a usuários de droga, Feldman disse que não, até porque tem muitos amigos no partido. Mas reiterou que "o desejo de poder demonstrado pelo PT", principalmente nesta corrida presidencial, pode ser comparado, sim, ao usuário desta droga.
Feldman disse que vai ser muito bom para o PT se recuperar, ou seja, perder essas eleições. "Vai ser bom para o PT se recuperar e deixar o poder para retomar o vigor do passado." Indagado se a ex-senadora Marina Silva estaria disposta a subir no palanque tucano ou gravar participação no horário eleitoral do candidato do PSDB, Feldman disse que sim. "Não há resistência de Marina em ajudar Aécio a retirar Dilma do poder."
Sobre o encontro de amanhã, 17, entre Aécio e Marina, Feldman disse que os dois vão conversar sobre esta reta final de segundo turno e reunir lideranças das duas siglas e também de outras legendas, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Ele minimizou o fato de as pesquisas eleitorais terem apontado que o apoio de Marina e da viúva de Campos, Renata Campos, não se traduziu em aumento da intenção de votos para Aécio, como era esperado pela campanha tucana.