São Paulo - A violência física contra jornalistas em alguns países e a crescente pressão econômica contra empresas de comunicação em outros continuam sendo os desafios mais urgentes para a imprensa na América Latina - e é desses temas que tratará, fundamentalmente, a 70.ª Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que começa hoje em um elegante hotel do bairro El Golf, em Santiago do Chile.
"A imprensa do nosso continente continua chamando a atenção do mundo", resume o
Um balanço divulgado na semana passada, em Buenos Aires, dá conta desse agravamento: um estudo aponta que mais de 80% da mídia do país está hoje sob controle do governo argentino.
Os debates de Santiago foram divididos em quatro temas. O primeiro é o estado atual da liberdade de expressão no continente e seu ponto alto será a leitura, por representantes de cada um dos países, da situação da imprensa local. Depois de debatidos e votados, esses relatórios comporão o balanço final da imprensa na região.
Desafio digital
O segundo eixo será a análise dos "cenários complexos e em permanente evolução" da indústria dos meios de comunicação - leia-se, a busca de novos modelos de atuação numa sociedade cada dia mais mergulhada na cultura digital. "A velocidade do desenvolvimento do mundo digital não tem precedentes", resume um dos textos de apresentação. "Trata-se de um mundo novo em que a demanda de informação via telefones celulares “abre um novo formato para a difusão da informação".
O terceiro tema abordará "os projetos editoriais e a geração de novas audiências". No último deles se exporá o que se faz e o que se pensa, nos meios publicitários, para distribuir as mensagens com eficácia nos novos formatos digitais.
Esse pacote tecnológico incluirá a exposição sobre experiências bem-sucedidas de grandes ou pequenas empresas de comunicação, e não só na América Latina. Para tanto, a SIP convidou para as discussões estudiosos do tema em países europeus e nos Estados Unidos. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.