Em reação à estratégia da campanha petista de desconstruir a imagem do adversário, advogados do candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) decidiram processar a presidente Dilma Rousseff (PT) por calúnia, difamação e injúria. Os assessores jurídicos do tucano também pedem direito de resposta e suspensão das peças no horário eleitoral gratuito de televisão e rádio. Além de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a coligação Muda Brasil apresentou representação à Procuradoria-Geral Eleitoral solicitando a abertura de investigação criminal contra Dilma. Eles alegam que a presidente divulga informações “sabidamente inverídicas contra o candidato Aécio Neves em sua propaganda eleitoral”.
A ação principal trata especificamente sobre um vídeo da campanha petista que acusa o candidato de desrespeitar mulheres. A peça publicitária veiculada ontem dá a entender que Aécio teria sido agressivo com as candidatas Dilma e Luciana Genro (PSOL) e diz que ele “tem mostrado dificuldade em respeitar as mulheres”. O vídeo, que exibe trechos de vários debates, questiona ainda se um candidato à Presidência pode agir dessa forma.
De acordo com a coligação Muda Brasil, a acusação atinge a honra do candidato “de forma covarde”. “Mais uma vez, a candidata Dilma Rousseff age de forma leviana, transformando o que deveria ser a discussão de propostas em ato de terrorismo eleitoral”, afirma, em nota. A coligação aponta também que o uso da mentira e dos ataques pessoais se tornou marca de Dilma Rousseff nas eleições e, dessa forma, ela atingiu a imagem da agora aliada do tucano, a ex-senadora Marina Silva (PSB). Isso “demonstra que quem não respeita a mulher é o PT e sua candidata”, conclui.
A presidente Dilma comentou sobre a ação em seu perfil do Twitter e aproveitou para reforçar a acusação de que o tucano é agressivo com as mulheres. “Ação desrespeitosa quem faz é o Aécio. Fez comigo e com a Luciana Genro. Se alguém deveria processar ele (sic), somos nós.”
A enxurrada de ações aborda também questões relacionadas ao campo administrativo. A sustentação aponta “inverdades” em afirmações de Dilma e em informações veiculadas em seu programa. Entre os temas tratados pela presidente, estão a não entrega de oito hospitais regionais no governo de Aécio Neves em Minas, o preço da tarifa de luz em Minas, a taxa de crescimento de Minas, o salário dos professores mineiros, a redução da mortalidade infantil e a “agressiva e injusta imputação ao candidato Aécio Neves de que processou e perseguiu jornalistas”.
OFENSAS Ontem, Aécio cumpriu agenda no Rio Grande do Sul, onde voltou a falar sobre a dura campanha petista. Segundo ele, as “ofensas” não deixarão de ser respondidas, mas pediu respeito. “Será que é possível continuarmos a ser governados com descompromisso com a ética?", disse. Para Aécio, a eleição virou um "ringue" e Dilma está "à beira de um ataque de nervos". O tucano também ironizou a presidente, que construiu trajetória política no estado gaúcho. “Presidente Dilma, estou aqui na terra que a senhora adotou. Vamos honrar a democracia e debater o Brasil do futuro”.
Ele propôs à adversária um cessar-fogo na última semana antes das eleições. “Convido a presidente da República para, nesta semana que nos separa da eleição, debatermos os nossos projetos, mostrarmos as diferenças que temos na concepção do Estado, na visão da administração púbica e das nossas prioridades. Estou extremamente otimista nesta reta final e pronto para o embate”, disse.
Formação
Numa primeira sinalização concreta do tucano sobre sua eventual base, Aécio Neves disse que, se eleito, seu governo contará com um “núcleo” formado pelo PSDB, PSB, PP e o “lado bom” do PMDB. No momento da declaração, ele estava ladeado por José Ivo Sartori, candidato do PMDB ao governo gaúcho, do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que foi candidato a vice de Marina Silva, e da jornalista Ana Amélia, derrotada no primeiro turno da eleição ao governo do Rio Grande do Sul pelo PP. “A base do núcleo de um futuro governo está representada aqui nesta foto: PSDB, PSB, PP do Rio Grande e esse lado tão bom do PMDB, representado pelo candidato Sartori”, disse.
Ele elogiou membros do PMDB, como o senador Pedro Simon e o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça. Questionado sobre os apoios polêmicos que recebeu no 2º turno, como os do deputado Marcos Feliciano, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, que teve uma intervenção homofóbica no debate da Record no 1º turno, Aécio afirmou que “outras forças o apoiam por exclusão”. "Fiquei sabendo do apoio do Levy Fidelix pelos jornais’’, afirmou. (com agências)
A ação principal trata especificamente sobre um vídeo da campanha petista que acusa o candidato de desrespeitar mulheres. A peça publicitária veiculada ontem dá a entender que Aécio teria sido agressivo com as candidatas Dilma e Luciana Genro (PSOL) e diz que ele “tem mostrado dificuldade em respeitar as mulheres”. O vídeo, que exibe trechos de vários debates, questiona ainda se um candidato à Presidência pode agir dessa forma.
De acordo com a coligação Muda Brasil, a acusação atinge a honra do candidato “de forma covarde”. “Mais uma vez, a candidata Dilma Rousseff age de forma leviana, transformando o que deveria ser a discussão de propostas em ato de terrorismo eleitoral”, afirma, em nota. A coligação aponta também que o uso da mentira e dos ataques pessoais se tornou marca de Dilma Rousseff nas eleições e, dessa forma, ela atingiu a imagem da agora aliada do tucano, a ex-senadora Marina Silva (PSB). Isso “demonstra que quem não respeita a mulher é o PT e sua candidata”, conclui.
A presidente Dilma comentou sobre a ação em seu perfil do Twitter e aproveitou para reforçar a acusação de que o tucano é agressivo com as mulheres. “Ação desrespeitosa quem faz é o Aécio. Fez comigo e com a Luciana Genro. Se alguém deveria processar ele (sic), somos nós.”
A enxurrada de ações aborda também questões relacionadas ao campo administrativo. A sustentação aponta “inverdades” em afirmações de Dilma e em informações veiculadas em seu programa. Entre os temas tratados pela presidente, estão a não entrega de oito hospitais regionais no governo de Aécio Neves em Minas, o preço da tarifa de luz em Minas, a taxa de crescimento de Minas, o salário dos professores mineiros, a redução da mortalidade infantil e a “agressiva e injusta imputação ao candidato Aécio Neves de que processou e perseguiu jornalistas”.
OFENSAS Ontem, Aécio cumpriu agenda no Rio Grande do Sul, onde voltou a falar sobre a dura campanha petista. Segundo ele, as “ofensas” não deixarão de ser respondidas, mas pediu respeito. “Será que é possível continuarmos a ser governados com descompromisso com a ética?", disse. Para Aécio, a eleição virou um "ringue" e Dilma está "à beira de um ataque de nervos". O tucano também ironizou a presidente, que construiu trajetória política no estado gaúcho. “Presidente Dilma, estou aqui na terra que a senhora adotou. Vamos honrar a democracia e debater o Brasil do futuro”.
Ele propôs à adversária um cessar-fogo na última semana antes das eleições. “Convido a presidente da República para, nesta semana que nos separa da eleição, debatermos os nossos projetos, mostrarmos as diferenças que temos na concepção do Estado, na visão da administração púbica e das nossas prioridades. Estou extremamente otimista nesta reta final e pronto para o embate”, disse.
Formação
Numa primeira sinalização concreta do tucano sobre sua eventual base, Aécio Neves disse que, se eleito, seu governo contará com um “núcleo” formado pelo PSDB, PSB, PP e o “lado bom” do PMDB. No momento da declaração, ele estava ladeado por José Ivo Sartori, candidato do PMDB ao governo gaúcho, do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que foi candidato a vice de Marina Silva, e da jornalista Ana Amélia, derrotada no primeiro turno da eleição ao governo do Rio Grande do Sul pelo PP. “A base do núcleo de um futuro governo está representada aqui nesta foto: PSDB, PSB, PP do Rio Grande e esse lado tão bom do PMDB, representado pelo candidato Sartori”, disse.
Ele elogiou membros do PMDB, como o senador Pedro Simon e o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça. Questionado sobre os apoios polêmicos que recebeu no 2º turno, como os do deputado Marcos Feliciano, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, que teve uma intervenção homofóbica no debate da Record no 1º turno, Aécio afirmou que “outras forças o apoiam por exclusão”. "Fiquei sabendo do apoio do Levy Fidelix pelos jornais’’, afirmou. (com agências)