Antes do aumento, a previsão de gastos da campanha petista já era a maior entre os candidatos a presidente. Aécio Neves (PSDB) registrou teto de R$ 290 milhões e Eduardo Campos (PSB), substituído por Marina Silva, estipulou um limite de R$ 150 milhões. Segundo fontes petistas, a elevação do teto de gastos é uma manobra contábil. O objetivo é incluir nas contas de Dilma gastos com material produzidos por candidatos a governador que estamparam a imagem da presidente em seus panfletos e santinhos.
Algumas campanhas estaduais, como a do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, em São Paulo, registraram despesas muito acima dos valores arrecadados. Os números ainda não foram fechados mas o prejuízo é dado como certo. Transferir parte das dívidas para a campanha nacional é uma forma de reduzir a pressão financeira sobre os candidatos estaduais. Além disso, o PT terá que cobrir os gastos assumidos por candidatos a cargos legislativos que, a pedido da direção nacional, mantiveram suas estruturas funcionando no segundo turno em benefício da campanha de Dilma.
Em São Paulo, por exemplo, cabos eleitorais que trabalharam para candidatos a deputado federal e estadual continuam nas ruas carregando bandeiras do PT.
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como operador de um esquema de propinas para o PT na estatal, participou da reunião da executiva. Depois de aprovado, o aumento do limite de gastos deve ser registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)..