Na tentativa de evitar os mesmos problemas ocorridos com a identificação biométrica de eleitores durante o primeiro turno das eleições, a Justiça Eleitoral mandou reparar cerca de mil equipamentos usados no Distrito Federal, Algoas, Sergipe, Pernambuco e Paraná. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou equipes técnicas a algumas localidades e determinou a distribuição de panfletos para orientar os mesários sobre a correta utilização do equipamento de leitura de digitais.
Usada por 21 milhões de eleitores – o equivalente a 15% dos 142.822.046 brasileiros aptos a votar – no primeiro turno das eleições, a urna
“Em torno de 7% das urnas do modelo 2013 apresentaram uma não conformidade com o leitor que faz a análise da digital. Essas urnas já foram identificadas e nós já estamos trabalhando na sua reparação. Elas têm que ficar prontas nesta semana”, disse o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino.
Ele ressaltou que, no primeiro turno, o sistema biométrico apresentou percentual de 91,5% de reconhecimento dos eleitores por meio das digitais. Para o segundo turno a expectativa é aumentar ainda mais a eficiência do sistema.
Mas não foram só problemas em leitores que provocaram filas em muitas seções de votação pelo país. Também foram detectadas falhas de procedimento por parte de mesários. Foi o caso de cidades do Rio de Janeiro, segundo o TSE. Por isso, o presidente da Corte , Dias Toffoli, mandou para Niterói 10 técnicos para orientar os mesários. A Justiça Eleitoral ainda distribuiu panfletos aos tribunais regionais eleitorais (TREs) com informações essenciais aos mesários para reforçar os procedimentos que devem ser adotados no domingo.
Uma das orientações alerta sobre a forma correta de posicionar o dedo para que o eleitor evite não reconhecimento na primeira tentativa. O eleitor deve posicionar o dedo sobre o sensor e colocá-lo totalmente, no centro, com a ponta tocando a moldura de plástico. O dedo deve ser mantido sobre o sensor até que apareça no terminal do mesário a mensagem confirmando o reconhecimento da digital.
Giuseppe Janino lembra que o eleitor também deve observar, por exemplo, se o dedo está hidratado, pois “com o dedo ressecado fica mais difícil fazer a leitura das minúcias”. Para o secretário, a falha do procedimento é normal, principalmente nos municípios onde houve a primeira experiência com identificação biométrica.
Por causa dos problemas no Rio de Janeiro, onde eleitores chegaram a esperar mais de duas horas para votar em alguns locais e repetir o procedimento para leitura da digital até oito vezes, o Tribunal Regional Eleitoral do estado chegou a publicar uma Resolução (904/2014) determinando o uso de urnas eletrônicas convencionais em Niterói, em substituição às 1.312 urnas com leitor de identificação biométrica no município. A decisão, no entanto, foi anulada por unanimidade pelo TSE na semana passada.
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