O PSDB apresentou nesta terça-feira requerimentos para convidar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a mulher dele, a ex-ministra da Casa Civil e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), para depor na CPI mista da Petrobras. Os pedidos têm como base reportagem em que é relatado que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa declarou, em depoimentos que têm prestado na delação premiada, ter repassado R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
Os convites têm de ser aprovados em uma sessão administrativa da CPI. Em menor número na comissão, os oposicionistas pressionam os integrantes da base aliada para transformar em sessão administrativa a reunião da CPI marcada para amanhã (22), que vai ouvir o atual diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza. Para garantir a mudança da sessão da CPI em votação é preciso que, ao menos, 17 parlamentares marquem presença na reunião. Sem a presença dos integrantes da base, contudo, a oposição sozinha não consegue tal quorum mínimo. Por se tratar de convite, mesmo se for aprovado, o convidado, como é o caso de Paulo Bernardo e Gleisi, pode declinar da presença na CPI. Em caso de convocação, a pessoa ou autoridade tem a obrigação de comparecer.