O debate ocorreu na manhã desta quarta-feira, dia 22, em Porto Alegre.
Logo na primeira pergunta do debate, Sartori acusou Tarso de ter prometido, na campanha de 2002, que renegociaria a dívida, afirmando que o PT está há 12 anos no governo federal e não promoveu o acordo. "A proposta não foi levada adiante porque eu perdi (a eleição de 2002)", rebateu Tarso. "Tivemos dois governos depois (de Germano Rigotto, do PMDB, e Yeda Crusius, do PSDB), que não apresentaram proposta, ficaram inativos, e no meu governo (desde 2011) a questão foi retomada".
Sartori afirmou que o acordo existente, com promessa de aprovação pelo Senado em novembro, "não serve para o Rio Grande" porque prevê apenas a mudança da correção, de 6% de juros anuais e mais a variação do IGP-DI para 4% de juros mais o índice que for menor entre o IPCA e a Selic.
Mesmo repassando 13% da receita para amortização, o Estado viu o total crescer de R$ 7,9 bilhões em 1998, quando houve a consolidação, para os atuais R$ 50 bilhões. Tarso vem dizendo que depois de conseguir a revisão dos índices de correção, o Estado vai buscar a redução do porcentual de comprometimento da receita. Sartori afirma que a negociação deveria ser feita de uma vez só e não por etapas.
Ao longo do debate, Tarso repetiu a estratégia de provocar Sartori a apresentar propostas, explicar como vai executá-las e que cortes fará se ganhar o governo. "Primeiro é preciso saber o que tem na contabilidade do Estado", retrucou o peemedebista, acusando o governo do concorrente de não ter respondido a perguntas feitas no início da campanha sobre o destino dos saques feitos ao caixa único e aos depósitos judiciais.
"Olhem na internet e lá acompanhem nossas propostas, ao contrário do que diz nosso adversário", sugeriu Sartori aos ouvintes. Tarso disse que o concorrente "é um vazio de projetos, que pede um cheque em branco para a sociedade e não se compromete com nenhuma proposta".