Cibilis da Rocha Viana, um dos principais auxiliares de Leonel Brizola (1922-2004), morreu ontem, aos 94 anos, no Rio de Janeiro. Vítima de falência múltipla dos órgãos, ele estava internado na Clínica São Lucas, em Copacabana (zona sul).
Cibilis assessorou Brizola nos governos do Rio Grande do Sul (1959-1963) e do Rio (1983-1987 e 1991-1994). O assessor formulou o programa de reforma agrária que Brizola aplicou no Rio Grande do Sul e auxiliou Brizola durante a Campanha da Legalidade promovida em 1961, quando ministros militares tentaram impedir a posse de João Goulart na Presidência da República.
Após a ditadura, a redemocratização e a anistia, Cibilis ajudou Brizola a fundar o PDT e em 1982 assumiu a chefia do Gabinete Civil do governo do Rio de Janeiro. No segundo governo de Brizola no Rio, a partir de 1991, Cibilis acumulou a presidência do Banco do Estado do Rio (Banerj) e a secretaria estadual da Fazenda.
Gaúcho e pai de três filhos, Cibilis também era professor, doutor em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e autor de vários livros, como "A Dinâmica do Desenvolvimento Econômico" e "Estratégia do Desenvolvimento Brasileiro". Seu corpo foi cremado ontem no Memorial do Carmo, no Caju (região portuária do Rio).