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Estado de Minas

Sobrinho do governador do AC é acusado por fraude


postado em 22/10/2014 20:49 / atualizado em 22/10/2014 21:09

O Ministério Público Federal denunciou por fraude em licitação na área da saúde dois servidores públicos da Secretaria Estadual de Saúde do Acre, um deles sobrinho do governador Tião Viana (PT) - Tiago Viana Neves Paiva -, e sócios da empresa Centtro Medicina Diagnóstica Ltda, alvo da Operação G7, deflagrada pela Polícia Federal em 2013.

Segundo a denúncia, os acusados fraudaram licitação em 2012 para contratação de empresa de radiologia médica para atuar nas unidades de saúde do Estado, com recursos federais. A pena pode ser de até sete anos de prisão, caso a Justiça aceite a denúncia e eles sejam condenados.

Na denúncia, o sobrinho do governador - que era diretor de análises clínicas da Secretaria de Saúde - é acusado de passar informação privilegiada para a empresa, como a formação de preços da licitação. Ele foi preso preventivamente em maio do ano passado.

A Centtro Medicina Diagnóstica foi contratada por R$ 2,6 milhões para implantação do Sistema de Digitalização de Imagens Radiológicas em unidades de saúde estaduais e para emissão de laudos médicos dos respectivos exames. A servidora Edilene Dulcila Soares, da comissão de licitações, também teria favorecido a empresa desclassificando indevidamente concorrentes.

Os outros denunciados são os sócios da Centtro: Gerival Aires Negre Filho, Paulo José Tonello Mendes Ferreira, Ricardo Alexandre de Deus Domingues, Ronan Zanforlin Barbosa, além de Narciso Mendes de Assis Júnior.

O Ministério Público Federal sustenta ter prova de que a empresa Centtro foi constituída com a intenção e a garantia de ser contratada pelo governo do Acre. Os acusados podem responder por fraude à licitação e formação de quadrilha. Os dois servidores públicos podem ter a pena aumentada em um terço.

O governo do Acre, por meio de sua assessoria de imprensa, não quis comentar a denúncia do Ministério Público Federal. Os advogados do sobrinho do governador e da empresa não foram localizados para comentar o caso. Em outra ocasião, o governador Tião Viana (PT) apontou “interesses políticos” nas investigações da Polícia Federal e da Procuradoria da República. Tião Viana disse não haver qualquer irregularidade em seu governo.


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