O pedido de acareação foi protocolado, na tarde dessa quarta-feira, pelo advogado Antônio Figueiredo Bastos, responsável pela defesa de Youssef. Ele assegura que seu cliente não negociou com nenhum integrante do PSDB e declarou que a colaboração do doleiro não tem relação partidária. “Meu cliente desafia qualquer pessoa a provar uma relação dele com o Sérgio Guerra ou qualquer outra pessoa do PSDB. A colaboração toda está sendo feita baseada em documentos, que corroboram os indícios do que ele está dizendo.” O advogado lembrou que Youssef, diferentemente de Meirelles, assinou acordo de delação premiada – ainda não homologado – e pode perder benefícios se mentir.
No interrogatório, Leonardo Meirelles também acusou o Partido Progressista (PP) e sugeriu saber de outro parlamentar, do Paraná, envolvido no esquema de corrupção. “Um ex-padrinho político do passado”, disse, sem revelar nomes.
Segundo a Folha de S.Paulo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria comunicado ao Ministério Público Federal que intermediou repasse de recursos para Sérgio Guerra para que ele ajudasse a esvaziar uma CPI criada para investigar desvios na estatal em 2009. Sérgio Guerra era senador por Pernambuco e fazia oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.