Em e-mail encontrado nos computadores da Costa Global, empresa aberta pelo ex-diretor da estatal e alvo central da Operação Lava Jato, o deputado Sessim cita o encontro com os demais parlamentares.
"Caro amigo Dr.
Não é a primeira vez que o nome do líder do PP aparece vinculado a Costa. Segundo afirmou o ex-diretor em sua delação premiada, foi Eduardo da Fonte quem levou até ele, em 2009, o então presidente nacional do PSDB senador Sérgio Guerra (PE) - que morreu em março deste ano.
No encontro, o tucano teria cobrado propina de R$ 10 milhões em troca do encerramento da CPI da Petrobras do Senado, aberta em julho daquele ano. O pagamento teria sido feito em 2010, depois que a comissão foi encerrada em dezembro, sem punições.
Intermediação
No e-mail de Sessim a Costa, ele indica os dados da empresa que aluga carros e máquinas. "Agora, estou enviando os dados, solicitando, se possível, encaminhamento para grandes empresas que estejam realizando obras em que possam aproveitar os seus serviços", acrescenta Sessim. Ele registra a ficha comercial da empresa, com nome, CNPJ, nome do gerente administrativo, telefones, endereço e razão social.
Na mesma mensagem, que consta em um dos inquéritos da Operação Lava Jato, Costa responde: "Grato, amigo Simão, vou fazer alguns contatos e mantenho você informado. Abs".
O nome de Sessim já havia sido citado quando o assessor do PP Ivan Vernon Gomes Torres Júnior, que estava lotado na 2.ª secretaria da Câmara, sob seu comando, apareceu como beneficiário de um depósito no valor de R$ 25 mil do grupo de Youssef.
Torres Júnior trabalhou como assessor do ex-deputado Pedro Corrêa - preso no mensalão - de 2003 a 2006. Em 2012 ele foi assessor da segunda vice-presidência, comandada na época por Eduardo da Fonte.
O deputado classificou o fato como "tempestade em copo d’água". Afirmou que foi até Costa "porque ele tinha sido demitido da Petrobras e fomos dar um abraço nele". "Esse e-mail não tem dada a ver, era uma empresa pequena que queria se inscrever na Petrobras para locar carro. E ele disse que não podia fazer nada." Sessim negou qualquer pedido de tráfico de influência e disse não conhecer Youssef. Nogueira e Fonte foram procurados, mas não se pronunciaram. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..