A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira que nos últimos dias tem visto manifestações espontâneas nas ruas, o que chamou de "uma espécie de virada". A candidata à reeleição pelo PT atribuiu o fato a um aumento de consciência, adesão e convicção que ocorre em períodos eleitorais. "É um movimento mais popular do que partidário."
Com problemas para falar e às vésperas do último debate, a presidente afirmou que ainda não tinha notícias sobre as últimas pesquisas eleitorais e que fez tratamento para a voz na tarde de hoje. "Não li nada, eu estava fazendo um tratamento para a voz, não tive conhecimento." A candidata disse ainda que o resultado "só estará consolidado quando fechar a urna e começar a apuração".
A respeito de conflitos entre militantes do PT e do PSDB em São Paulo, fez um apelo para que não ocorram. "Você tem confrontos, conflitos, mas eles têm que ser de ideias. Ninguém pode sair do campo das ideias e ir para o campo da realidade física. Acho que é importante que haja debate, que às vezes seja mais quente, desde que fique no campo das ideias, isso é democracia".
Para a petista, é normal que ocorra debate mais claro em determinados momentos. "Agora, conflitos físicos eu acho que temos que repudiar, temos que alertar que não podem ocorrer." Perguntada se o clima tenso dos últimos dias teria incentivado esse tipo de movimento, afirmou que fica mais quente no final das eleições. "Acho que não podemos chegar agora e criar também um fantasma disso tudo. Não há esse clima no Brasil. Em manifestações, não vi atitude de agressão, mas sim de festa."