Sartori acusou Tarso de ter prometido em 2002, quando concorreu ao governo e perdeu para Germano Rigotto (PMDB), que renegociaria a dívida.
Um acordo no Senado prevê a votação de uma proposta que reduz os índices de correção da dívida para novembro. Sartori acusou Tarso de ter trabalhado apenas por um acordo parcial, dizendo que deveria ter mobilizado outros governadores para no mesmo pacote reduzir também o comprometimento mensal de 13% da receita com a dívida. Tarso afirma que essa é uma segunda etapa, a ser negociada a partir de janeiro.
O petista passou todo o debate tentando fazer seu concorrente apresentar propostas e o que fará para concretizá-las, mas o peemedebista evitou respostas diretas e rebateu afirmando que Tarso fez promessas em 2010 que não cumpriu, ficando abaixo do que estava previsto de construção de acessos asfálticos e unidades de pronto atendimento de saúde.
Sartori provocou Tarso com a pergunta "como o senhor se sente vendo companheiros antigos do PT sendo denunciados e presos por desvio de dinheiro", em alusão a líderes partidários envolvidos com o escândalo do Mensalão. "Da mesma forma que o senhor se sente vendo seus companheiros processados no Rio Grande do Sul", rebateu o governador, referindo-se a peemedebistas envolvidos com o escândalo do Detran. "Nenhum de nós se sente bem, não venha com esse tipo de alusão".
Ao final, Tarso afirmou, referindo-se a Sartori, que "ele propõe salto no escuro, não diz o que vai fazer", e complementou afirmando que tem proposta conhecida, que alguns eleitores podem não gostar, mas deixa "o Rio Grande saber o que terá pela frente". O peemedebista, que lidera as pesquisas pelo placar de 60% a 40% dos votos válidos, rebateu sustentando que "um bom administrador não é o que promete, mas o que sabe fazer"..