Há hoje 16% de eleitores que se declaram simpatizantes do PT e outros 4%, do PSDB. Além deles, só o PMDB é lembrado: 2% de citações. Para piorar, os dois partidos com maior taxa de preferência provocam mais sentimentos negativos do que positivos. O Ibope perguntou qual a imagem que o eleitor brasileiro tem dos partidos de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB). Apenas 41% disseram ter opinião favorável (34%) ou muito favorável (7%) sobre o PT, contra 46% que disseram que a imagem que fazem do partido é desfavorável (35%) ou muito desfavorável (11%).
Em relação ao PSDB o saldo é ainda pior: 9 pontos negativos. Apenas 36% disseram ter imagem favorável da agremiação de Aécio - 5% tem imagem muito favorável, e 31%, favorável. Do outro lado, 45% tem imagem negativa: 35% vê a imagem do PSDB como desfavorável e 10%, como muito desfavorável. Outros 19% dos entrevistados não souberam responder.
O aumento da aversão aos partidos se explica, principalmente, pela queda da simpatia pelo PT. O auge do petismo foi em março de 2003, quando 33% dos brasileiros diziam ter preferência pelo partido do então recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula Silva. Não durou muito. A taxa caiu para 23% em 2004 e ficou nesse patamar até 2007, início do segundo mandato de Lula, quando o índice voltou a subir.
Em março de 2010, no auge da popularidade do então presidente e pouco antes da eleição de Dilma, a simpatia pelo PT voltou a atingir 33% da população. Começou a cair ainda antes da posse da nova presidente, mas manteve-se em um patamar próximo a 25%. A derrocada começou com os protestos de junho de 2013. Em novembro do ano passado, a simpatia pelo PT já era de apenas 20%.
Durante todo esse período, a preferência pelo PSDB oscilou entre 4% e 6%. Já a taxa de eleitores que não simpatizam com nenhum partido manteve-se na faixa dos 55% - até os protestos começarem. Foi a partir daí que o petismo perdeu força, mas nenhuma outra agremiação conseguiu capitalizar a sua queda.
Em julho de 2014, antes de a campanha eleitoral começar oficialmente, o petismo tinha os mesmos 20% do fim do ano anterior, 6% eram simpáticos ao PSDB e 54% não preferiam nenhum partido.
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