No documento apresentado pelos partidos da coligação de Aécio, pede-se prioridade na tramitação da notícia-crime considerando "a proximidade das eleições e a possibilidade de seu impacto político e social". Em nota assinada pelo coordenador jurídico da campanha, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a coligação ressalta que as informações reveladas são "extremamente graves" e exigem "ações efetivas para uma rápida e eficaz investigação dos fatos".
"Não só a normalidade das eleições é colocada sob suspeita quando se aponta a possibilidade de uma campanha eleitoral ser irrigada com milhões de reais de origem ilícita, mas, também, e principalmente, a legitimidade dos Poderes constituídos e da democracia brasileira", diz o texto da nota que inclui o PPS e o PSB.
A coligação diz que é preciso apurar "a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, prevaricação e formação de quadrilha ou bando (associação criminosa), dentre outros." O objetivo da ação é antecipar a apuração das denúncias envolvendo autoridades com direito a foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outro comunicado, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou que a presidente Dilma não pode "desqualificar" as denúncias. Para Freire, Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema porque eram os responsáveis pela nomeação dos diretores da Petrobras. "O Brasil corre o risco de reeleger uma presidente que talvez começará o mandato com uma suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras", disse Freire..