São Paulo - O clima de tensão entre militantes de rua das campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves na reta final da disputa pela Presidência fez com que os partidos fechassem nessa sexta-feiraontem um acordo para tentar impedir novos conflitos.
Tão logo souberam, o presidente do PT paulista, Emídio de Souza, telefonou para Edson Aparecido, um dos coordenadores da campanha de Aécio, pedindo o adiamento da passeata do PSDB. Os tucanos decidiram cancelar o evento de última hora e reagendaram para hoje. Alguns apoiadores de Aécio, porém, não ficam sabendo e apareceram no centro. O clima foi amistoso.
No dia anterior, também no centro de São Paulo, militantes do PT e do PSDB se agrediram depois de participar de atos de apoio a Dilma e a Aécio em locais próximos um do outro. No começo da semana, em Uberaba, interior de Minas Gerais, um grupo de dez estudantes de medicina causaram confusão durante um ato de campanha de Dilma ao protestarem contra o programa Mais Médicos. Com adesivos e bandeiras de Aécio, eles acabaram sendo expulsos do evento por militantes do PT.
Miltância
A despeito do clima tenso, esta campanha tem sido marcada pela volta da militância dos partidos às ruas.
Na segunda-feira, Dilma participou de um ato na PUC de São Paulo em que resgatou antigos apoiadores do partido.
Os tucanos não quiseram ficar atrás e realizaram anteontem um ato na universidade, que se transformou num microcosmo do acirramento da atual campanha pela Presidência.
Os tucanos também realizaram na quarta-feira, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um grande ato no Largo da Batata, na zona oeste paulistana. Os petistas também foram ao largo anteontem, para marcar presença.