Na véspera do segundo turno, a candidata à reeleição, Dilma Rousseff, afirmou o compromisso de combater a corrupção.Perguntada, em entrevista em Porto Alegre, sobre a possibilidade de vencer a eleição mas não poder governar em um eventual processo de impeachment, a presidente afirmou que a denúncia em si é absurda. "Tenho uma vida inteira que demonstra meu repúdio à corrupção. Não compactuo com a corrupção, nunca compactuei. Quero que provem que compactuo, e não esse tipo de situação que insinua sem provas", disse em coletiva na capital gaúcha, antes de participar de caminhada com militantes no centro da cidade.
Dilma disse que investigará a fundo tanto o caso da Petrobras como outros casos de corrupção do Brasil, "doa a quem doer". Segundo ela, o Brasil sempre engavetou ou deixou prescrever esse tipo de processo. "Comigo não vai acontecer isso", falou.
A presidente também disse que os responsáveis por injúrias e calúnias devem ser punidos. "Vou informar à nação, não dessa forma seletiva que permite que bandidos que tentam salvar a sua própria pele façam acordos políticos e digam coisas sem fundamento", afirmou, referindo-se ao doleiro Alberto Youssef, que assinou um acordo de delação premiada e teria feito acusações contra Dilma e Lula, segundo a revista Veja.
Antes de responder às perguntas de jornalistas, Dilma fez uma "conclamação" para que haja participação massiva na votação de amanhã. "Do mais rico ao mais pobre, todos têm o mesmo poder diante das urnas", disse.
Após conversar com a imprensa, Dilma seguiu para uma caminhada pelo centro de Porto Alegre em um carro de som, acompanhada do governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, e de militantes.