São Paulo, 26 - O presidente estadual do PT-SP, Emidio de Souza, destacou a importância do papel do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reeleição da presidente Dilma Rousseff. Em discurso em um hotel de São Paulo, com militantes e membros do partido e aliados, Emidio disse que "essa vitória tem o dedo, as mãos, o corpo, a alma e o coração do presidente Lula".
Questionado sobre o papel de Lula no próximo governo de Dilma, o presidente estadual destacou que o ex-presidente sempre teve uma atuação preponderante no governo, mas que quem vai definir o espaço de Lula será a presidente. "É a Dilma que vai determinar o papel que Lula terá no novo governo", disse.
Emidio disse ainda que não acredita que Dilma enfrentará problemas de governabilidade, mesmo com o fato de a disputa ter sido apertada. "A rejeição eleitoral é uma coisa", disse, ressaltando que a rejeição do eleitor de Aécio Neves não será uma rejeição ao governo. "Ela vai saber conduzir o processo, juntar os partidos para garantir a governabilidade."
Críticas
O dirigente usou seu discurso para criticar a revista Veja, que publicou uma edição antecipada acusando Dilma e Lula de terem conhecimento do esquema de corrupção da Petrobras. Para Emidio, a escolha de Dilma pelo eleitorado é uma "vitória contra o golpismo". "Que tem nome e endereço, que é a revista Veja", disse.
Ele afirmou ainda que a Veja pratica "jornalismo esgoto" e que não é o PT quem vai "quebrar" a publicação. "Quem vai quebrar a Veja não somos nós, quem vai quebrar a Veja é ela, com a mentira que ela inventou", disse. Ontem, Emidio repudiou atos de protestos na sede da editora Abril, que publica a revista, e que teriam sido cometidos por membros da União da Juventude Socialista (UJS).
Emidio convocou a militância para comemorações na Avenida Paulista e pediu que ninguém aja com ódio. Segundo ele, até agora a militância petista reagiu aos boatos e mentiras contra o partido "com tranquilidade e serenidade". "A militância defendeu o nosso projeto e soube construir a vitória", afirmou. "Vamos fazer uma comemoração pacifica, sem ódio e violência", pediu.
Nos últimos dias, os ânimos de militantes dos dois partidos ficaram acirrados e houve episódios de brigas registrados em São Paulo.