Na eleição mais acirrada na história do Brasil, Dilma Rousseff (PT) se reelege presidente da República com 51,64% dos votos válidos, depois de 99,99% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um total de 54.499.901 eleitores levaram a petista a conquistar seu segundo mandato, contra 51.041.010 que optaram pela candidatura do senador Aécio Neves (PSDB), representando 48,36% dos votos. A estreita diferença de 3,4 milhões de votos entre os dois candidatos corresponde, aproximadamente, ao eleitorado de Belo Horizonte e de Salvador, juntas, e dá a dimensão da tensão de uma disputa travada voto a voto até os últimos minutos da apuração. Mais que enfrentar problemas da economia, educação e saúde, a primeira mulher eleita, e agora reeleita, para comandar o país terá o desafio de unir um Brasil que se dividiu ao longo da corrida presidencial. Terá também pela frente a tarefa de traduzir em ações o significado da palavra mudança, termo que ganhou força nas manifestações de junho do ano passado e que foi explorado em exaustão durante os 114 dias de campanha eleitoral.
Em pronunciamento junto de aliados, em Brasília, Dilma pediu união e diálogo e reconheceu a necessidade da mudança. “Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige”, disse, comprometendo-se com a reforma política e o combate à corrupção. A presidente, que não enxerga divisão no país, também comentou a vitória apertada. “Algumas vezes na história, resultados apertados produziram mudanças maiores e mais rápidas do que vitórias amplas”, afirmou, depois de agradecer, em especial, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao seu lado no palanque. “Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora.”
Em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves agradeceu aos 51 milhões de brasileiros que apontaram o caminho da mudança. Ele disse ter ligado para desejar sucesso a Dilma. “A maior de todas as prioridades, neste momento, deve ser unir o Brasil”, afirmou.
Numa estratégia de campanha agressiva, traçada desde o primeiro turno a partir de ataques aos adversários, a presidente conseguiu abrir vantagem no Norte e Nordeste do país. Em Pernambuco, onde Marina Silva (PSB) havia ganhado no primeiro turno, Dilma conquistou 70,19% do eleitorado. Minas Gerais se mostrou, mais uma vez, um retrato do Brasil, com estreita vantagem de Dilma, que teve 52,40% dos votos, contra 47,60% do tucano. A diferença foi de 548,6 mil votos.
No Congresso Nacional, a presidente reeleita enfrentará oposição ainda mais dura. Se antes a base da petista na Câmara dos Deputados contava com 339 de um total de 513 deputados federais, agora, esse número reduziu para 304 parlamentares. Em compensação, Dilma terá mais aliados no comando das 27 unidades da federação. Em seu primeiro mandato, a presidente tem apoio de 10 governadores, sendo que, em janeiro, os governadores ligados a Dilma subirão para 17.
Como era de se esperar numa eleição marcada por escândalos e ataques, o domingo começou com o boato da morte por envenenamento do doleiro Alberto Youssef, envolvido no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras e que supostamente teria delatado que Dilma e o ex-presidente Lula sabiam da corrupção na estatal. A notícia falsa se espalhou pelas redes sociais e agitou o dia de votação. Na verdade, Youssef foi internado num hospital do Paraná na noite de sábado por causa de queda de pressão em decorrência de doença cardíaca crônica.
Ao longo de toda a votação, o clima de fim de campeonato tomou conta do país. Eleitores de Aécio vestiram as cores da bandeira nacional, e os de Dilma, o vermelho do PT. Apesar dos ânimos exaltados, na avaliação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli, a eleição transcorreu de forma tranquila, num universo de 142 milhões de eleitores.
Um total de 3.238 urnas teve de ser substituído no segundo turno, o que representa 0,75% das máquinas. Apenas duas seções precisaram usar o sistema manual de votação: uma em Minas Gerais e uma em São Paulo. Foram registradas 1.052 ocorrências de irregularidades eleitorais, que resultaram em 451 prisões ao longo do dia. A ocorrência mais comum identificada foi boca de urna, que gerou 268 prisões.
Em pronunciamento junto de aliados, em Brasília, Dilma pediu união e diálogo e reconheceu a necessidade da mudança. “Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige”, disse, comprometendo-se com a reforma política e o combate à corrupção. A presidente, que não enxerga divisão no país, também comentou a vitória apertada. “Algumas vezes na história, resultados apertados produziram mudanças maiores e mais rápidas do que vitórias amplas”, afirmou, depois de agradecer, em especial, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao seu lado no palanque. “Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora.”
Em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves agradeceu aos 51 milhões de brasileiros que apontaram o caminho da mudança. Ele disse ter ligado para desejar sucesso a Dilma. “A maior de todas as prioridades, neste momento, deve ser unir o Brasil”, afirmou.
Numa estratégia de campanha agressiva, traçada desde o primeiro turno a partir de ataques aos adversários, a presidente conseguiu abrir vantagem no Norte e Nordeste do país. Em Pernambuco, onde Marina Silva (PSB) havia ganhado no primeiro turno, Dilma conquistou 70,19% do eleitorado. Minas Gerais se mostrou, mais uma vez, um retrato do Brasil, com estreita vantagem de Dilma, que teve 52,40% dos votos, contra 47,60% do tucano. A diferença foi de 548,6 mil votos.
No Congresso Nacional, a presidente reeleita enfrentará oposição ainda mais dura. Se antes a base da petista na Câmara dos Deputados contava com 339 de um total de 513 deputados federais, agora, esse número reduziu para 304 parlamentares. Em compensação, Dilma terá mais aliados no comando das 27 unidades da federação. Em seu primeiro mandato, a presidente tem apoio de 10 governadores, sendo que, em janeiro, os governadores ligados a Dilma subirão para 17.
Como era de se esperar numa eleição marcada por escândalos e ataques, o domingo começou com o boato da morte por envenenamento do doleiro Alberto Youssef, envolvido no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras e que supostamente teria delatado que Dilma e o ex-presidente Lula sabiam da corrupção na estatal. A notícia falsa se espalhou pelas redes sociais e agitou o dia de votação. Na verdade, Youssef foi internado num hospital do Paraná na noite de sábado por causa de queda de pressão em decorrência de doença cardíaca crônica.
Ao longo de toda a votação, o clima de fim de campeonato tomou conta do país. Eleitores de Aécio vestiram as cores da bandeira nacional, e os de Dilma, o vermelho do PT. Apesar dos ânimos exaltados, na avaliação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli, a eleição transcorreu de forma tranquila, num universo de 142 milhões de eleitores.
Um total de 3.238 urnas teve de ser substituído no segundo turno, o que representa 0,75% das máquinas. Apenas duas seções precisaram usar o sistema manual de votação: uma em Minas Gerais e uma em São Paulo. Foram registradas 1.052 ocorrências de irregularidades eleitorais, que resultaram em 451 prisões ao longo do dia. A ocorrência mais comum identificada foi boca de urna, que gerou 268 prisões.