As redes sociais exibiram, mais uma vez, preconceito contra a região Nordeste e Norte do país nessa eleição presidencial. A agressão contra o Nordeste foi motivada pelo fato de a presidente Dilma Rousseff ter vencido o concorrente Aécio Neves em número de votos na região. "Nordestino vota na Dilma e depois vem pro Sul vender rede", dizia um internauta.
O deputado eleito Coronel Telhada (PSDB-SP) foi mais longe. Sugeria a divisão do país. "Já que o Brasil fez sua escolha pelo PT entendo que o Sul e Sudeste (exceto Minas Gerais e Rio de Janeiro que optaram pelo PT) iniciem o processo de independência de um país que prefere esmola do que o trabalho, preferem a desordem ao invés da ordem, preferem o voto de cabresto do que a liberdade", afirmou o hoje vereador em sua página pessoal. O texto chegou a ter quase 5 mil compartilhamentos.
A internet, sobretudo via Twitter e o Facebook, se consolida como palco profícuo de denúncias relacionadas a racismo, homofobia e xenofobia.
As eleições geraram um aumento de 95% das reclamações. Entre 1.º de julho e 21 de outubro foram registradas 10.609 ocorrências na Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, uma rede de denúncias anônimas contra os direitos humanos. As reclamações foram recebidas pela ONG Safernet.
Segundo o levantamento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, no mesmo período do ano passado foram feitas 5.416 denúncias. No começo da campanha, o humor e a sátira dominavam os comentários dos primeiros debates. No primeiro confronto, realizado no dia 26 de agosto na Band, os candidatos derrotados Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) foram os campeões de repercussão e comentários.