Um dia depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff e com um valor acima do previsto originalmente, o governo assina com a Saab um contrato para o desenvolvimento e compra de 36 caças Gripen. O valor total do contrato chega a US$ 5,4 bilhões, superior aos US$ 4,5 bilhões mencionados durante o processo de seleção. Os primeiros jatos começarão a ser entregues em 2019 e o pacote estará completo apenas no ano de 2024.
O acordo ocorre meses depois de o governo anunciar a opção pelos aviões suecos, após anos de uma licitação que envolveu fabricantes americanos e franceses. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Planalto chegou a anunciar que a empresa francesa Dassault havia vencido a licitação. Por isso, o contrato de hoje coloca um fim a um suspense e um conturbado processo.
"Saab e COMAER (Comando da Aeronáutica) também assinaram um contrato para projetos de cooperação industrial, incluindo a transferência de tecnologia para a indústria brasileira, a ser realizada ao longo de aproximadamente 10 anos", indicou.
"Estamos orgulhosos de estar lado a lado com o Brasil nesse importante programa. Já existe uma longa história de sucesso da cooperação industrial entre os dois países, e este acordo histórico leva essa parceria a um novo nível", diz Marcus Wallenberg, presidente do Conselho de Administração da Saab.
"O contrato com o Brasil valida o Gripen como o sistema de combate mais capaz e moderno no mercado. Solidifica a posição da Saab como produtor aviões de caça líder mundial e reforça a nossa plataforma de crescimento", diz Håkan Buskhe, Presidente e CEO da Saab.
Embraer
Segundo a companhia, a "Embraer terá um papel de liderança como o parceiro estratégico no programa F-X2". "Como parte do plano de transferência de tecnologia, a indústria brasileira vai ter um papel importante no desenvolvimento do modelo de dois lugares do Gripen NG e ser responsável pela sua produção para a Força Aérea Brasileira."