Na eleição que se seguiu aos protestos que levaram milhões às ruas em junho de 2013, o PMDB - partido que representa a política tradicional - foi a legenda que terá mais governadores a partir de janeiro de 2015. Foram 7 os peemedebistas eleitos, 2 a mais que integrantes do PSDB e do PT, legendas que ficaram com 5 governadores cada.
Apesar desse incremento, quem mais terá eleitores sob suas gestões são os tucanos. Os colégios dos cinco Estados que serão governados pelo PSDB somam 51,2 milhões de votantes, dos quais 62,5% são paulistas. Em seguida vem o PT, com 34,6 milhões - 44% desse contingente está em Minas, conquistado pela sigla pela 1.ª vez.
A alta do PT em termos de eleitorado foi a mais expressiva: 54% em comparação com 2010. Já no 1.º turno, o partido da presidente Dilma Rousseff havia ganhado as eleições no segundo e no quarto maiores colégios eleitorais do País: Minas e Bahia, o que explica esse incremento.
O PT também saiu-se vitorioso em eleições difíceis, como no Acre, em que o petista Tião Viana bateu o tucano Márcio Bittar, e no Ceará, em que Camilo Santana cresceu no fim da campanha e venceu o peemedebista Eunício Oliveira.
Embora o PSDB tenha sob seu comando o maior número de eleitores em comparação aos outros partidos, o poderio eleitoral da sigla caiu 24% em relação a 2010.
Os tucanos mantiveram colégios importantes, como Paraná, Goiás e Pará, além de São Paulo, onde é hegemônico há 20 anos, mas haviam conquistado 8 Estados há 4 anos - a principal perda é Minas.
Redução
O PSB foi o partido que mais diminuiu eleitoralmente nos Estados em 2014. O eleitorado nas três unidades da federação governadas pela sigla é de 11 milhões de pessoas - 47% a menos que em 2010. Embora tenha conseguido eleger o governador do Distrito Federal e reeleito seus candidatos na Paraíba e em Pernambuco, o PSB perdeu importantes colégios eleitorais conquistados há quatro anos: Ceará, Piauí, Espírito Santo e Amapá.
Neste 2.º turno, o PSD elegeu Robinson Faria, no Rio Grande do Norte, e o PDT, Waldez Goes, no Amapá. Outros dois partidos também ganharam uma chefia de Executivo: o PP, com Suely Campos em Roraima, e o PROS, que reelegeu José Melo no Amazonas.