A distribuição geográfica do voto mostra que, desde 2006, os candidatos do PSDB tendem a vencer no Sul, em São Paulo e em um corredor que passa pelo Centro-Oeste e por pedaços do Pará. Já os petistas ficam com o norte de Minas, a Região Nordeste e quase toda a Amazônia.
A representação cartográfica tradicional do voto, porém, pode levar a leituras equivocadas da realidade. Quando a cor do vitorioso toma toda a área do município ou Estado, oculta o desempenho do perdedor.
No 1.º turno, por exemplo, a vitória de Aécio em São Paulo tingiu o Estado de azul. Mas Dilma teve lá quase 6 milhões de votos, mais do que em qualquer dos Estados "vermelhos" do Nordeste.
Outro problema é a desconexão entre a área dos Estados e seu peso eleitoral. O Amazonas, por exemplo, tem 18% do território do País, mas só 1,5% dos eleitores. Já o Rio de Janeiro tem 0,5% da área do País e 8,5% do eleitorado.