Rui negou ter implicância com o mercado financeiro, mas ressaltou que o governo tem prioridades com outros mercados como o consumidor e o de trabalho. "Não é verdade que não gosto do mercado financeiro, o que digo é que não podemos nos pautar pelo mercado financeiro, temos que ver um mercado mais amplo, que é o mercado de consumo nacional, que cresceu no nosso governo", afirmou.
O presidente do PT disse ainda que o partido, diferentemente do que aconteceu até agora, aceitaria uma indicação para o Ministério da Fazenda que não fizesse parte do quadro da sigla, "desde que a linha geral da política econômica, tal como vem sendo praticada, seja mantida". "É natural que a gente seja ouvido. Se for um quadro preparado e leal ao programa de governo que a maioria do povo aprovou, não haveria restrição a isso", afirmou.
Rui disse ainda que, como presidente do partido, sempre vai preferir um nome ligado à sigla, mas ponderou que há uma separação entre Estado e partido. "Há muito tempo criamos uma diferenciação entre o que é partido e o que governo. O partido não manda no governo e o governo não controla o partido", ressaltou.
O presidente do PT afirmou que a presidente Dilma já sinalizou que se esforçará com "todo empenho" para que a economia volte a crescer em padrões compatíveis com as vizinhanças nacionais e que vai continuar trabalhando para conter a inflação. "Ela fará um combate implacável para manter a inflação sob controle", afirmou, ressaltando que terá os mesmos parâmetros para manter o emprego e a renda.
Futuro
Rui negou que tenha sido convidado para integrar o governo Dilma e disse que, se fosse chamado para assumir um ministério, não aceitaria.