"Se a gente teve uma eleição acirrada e se a gente quer buscar uma conciliação, não tem sentido você defender que o partido que ganhou a eleição fique também com o comando do Congresso porque seria uma hegemonização do poder na mão no PT", afirmou. "Acho que a Casa não aceitará isso. Acho até que, para quem quer buscar conciliação, não é de bom alvitre a gente manter uma concentração num único partido de tanto poder", acrescentou o deputado ao citar o primeiro discurso da presidente Dilma após ser reeleita.
Segundo ele, outro tema que estará na ordem do dia, logo no início do próximo mandato, é a reinstalação da CPI da Petrobras que, na avaliação dele, deve ser encerrada em dezembro, sem trazer nenhum resultado. O deputado considerou, no entanto, que a iniciativa não deve gerar atritos com o PT. "É inevitável uma nova CPI da Petrobras.
O parlamentar também analisou o impacto que a divulgação da delação feita pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa poderá ter no próximo ano. "Não sei se vai comprometer a governabilidade, mas certamente vai tumultuar o processo do parlamento".
Para o líder do PMDB, a legenda também deverá buscar se unir a outras na Casa para formar uma bancada, com objetivo de conquistar espaços estratégicos como presidência de comissões e relatorias. "Os blocos vão se formar, se não ficará absolutamente ingovernável o processo legislativo", ressaltou.
Ao falar sobre atuação desse bloco, o peemedebista recorreu a um tom "pacificador", nesse primeiro momento. "Queremos ser ouvidos pelo governo para ter influência no que vai acontecer. Nossa tendência é tentar curar um pouco as cicatrizes, distensionar um pouco o processo". A reprise da entrevista está disponível em seu terminal broadcast%2b na Broadcast TV e no Broadcast Político na seção mais vídeos..