Segundo nota do Ministério da Justiça, o próprio MJ, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) estão atuando no caso. A nota reconhece que "a suposta inadequação do sistema prisional brasileiro foi o único argumento da defesa acatado pela Corte para indeferir a extradição". O governo brasileiro vai insistir junto à corte que existem, sim, "condições adequadas" para receber Pizzolato no sistema prisional brasileiro. Na apelação, o Brasil informará que ele poderá ficar nas penitenciárias da Papuda (Brasília), Curitibanos e Canhaduba (Santa Catarina), "locais indicados para o eventual cumprimento da pena".
Na nota, a AGU informa que o Brasil vai reforçar os argumentos sobre a existência de condições adequadas no sistema prisional do País para receber Pizzolato. Caso o pedido para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil seja negado definitivamente, a AGU pedirá que Pizzolato cumpra a pena fixada pelo STF em território italiano ou, como alternativa, que o condenado seja submetido a novo processo criminal na Itália.
O acórdão completo, com todos os fundamentos usados pela justiça italiana, deve ser disponibilizado em aproximadamente 15 dias, de acordo com a AGU.
Somente dentro de 15 dias, os representantes do governo brasileiro terão acesso ao teor completo do acórdão da decisão da justiça italiana. Com base na decisão, então, o Brasil vai entrar com apelação da decisão do tribunal de Bolonha na Corte de Cassação, em Roma. Ingressará também com recurso no Ministério Público italiano. O recurso será apresentado assim que o governo tiver acesso aos termos do acórdão. O prazo de recurso também é de 15 dias..