Cosenza disse que a primeira reunião ocorreu logo após ter assumido a Diretoria de Abastecimento, substituindo Costa. Segundo o atual diretor, a conversa girou em torno da "passagem de serviços". O segundo encontro ocorreu um tempo depois (Cosenza não precisou a data), para tratar de projetos de minirrefinarias. Ele negou que o ex-diretor tenha trazido as propostas pessoalmente. "Ele trouxe para a Petrobras, não para mim", afirmou, em resposta a questionamento feito pelo líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
Inicialmente, o diretor disse ao relator da CPI mista, deputado Marco Maia (PT-RS), não ter tido qualquer contato com Costa logo após ele ter deixado o cargo. Rubens Bueno ironizou a mudança de posição de Cosenza, que agora admite as conversas.
O atual diretor disse que nunca trocou e-mails com o ex-titular da área de abastecimento. Reafirmou que jamais se reuniu com o doleiro Alberto Youssef ou com o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal interceptou, no curso da Operação Lava Jato, uma troca de mensagens entre os dois, em que ambos faziam menção a Consenza. Segundo a matéria, os dois planejavam um encontro entre o atual diretor e Youssef. A matéria ressalva que a PF não imputa "atos ilícitos" a Consenza, embora cite que o nome dele conste do relatório da PF feito para a operação.
"Deputado, me desculpe, eu nunca vi esta pessoa na minha frente (Luiz Argôlo), nem com o Alberto Youssef. Não tive com ele", respondeu Cosenza ao questionamento de Rubens Bueno.
O diretor disse que não conhece o atual tesoureiro do PT, João Vaccari. Há três semanas, Youssef e Costa prestaram depoimentos públicos à Justiça paranaense nos quais acusaram o tesoureiro do PT, João Vaccari, de ser o responsável por cobrar propinas de empreiteiras sob contratos da estatal. Em nota, Vaccari negou as acusações..