Em entrevista ao
Broadcast Ao Vivo
nesta quinta-feira, 30, Maia falou sobre o futuro do partido e lamentou a derrota na disputa pelo governo da Bahia, único Estado onde o DEM tinha possibilidade de vitória nesta eleição.
"Há perspectivas ou a possibilidade de fusões, mas não está na nossa pauta neste momento", afirmou o dirigente. Segundo ele, uma decisão final ainda deve passar pelos presidentes estaduais das legendas envolvidas nas discussões.
"Estamos conversando. Houve um almoço de líderes partidários nesta semana, que reuniu DEM, Solidariedade, PSD, PSDC. Todos estão conversando sobre a prática da linha de oposição, linguagem da oposição e perspectiva de bloco. Se a perspectiva de blocos evoluir para fusões, poderá ser discutida, porque fusão tem implicações que remetem aos Estados. É uma coisa que tem de ser muito bem cuidada, precisa ter muita cautela", ressaltou.
Para Agripino Maia, não está descartada, entretanto, a formação de blocos no Congresso com intuito de disputar cargos estratégicos como presidência de comissões e relatorias.
"A perspectiva de bloco partidário, sim. Isso está na ordem do dia entre os partidos que fazem oposição, como o DEM, o Solidariedade e outros que possam se associar conosco num bloco para exercer um número mais expressivo na ação de oposição".
Em 2010, o DEM conseguiu eleger 43 deputados federais, número que caiu para 28 em 2012, depois de parte da bancada migrar para o recém-criado PSD, que passou a atuar em conjunto à base aliada.
"Se nós tivemos um revés na eleição de 2014, foi a não eleição que nós julgávamos muito provável para o governo da Bahia. Esse revés reconheço. Agora, o partido obteve 4 milhões de votos vencendo protagonismos de oposição, tem uma ideologia muito clara e quando a imprensa quer ouvir uma opinião de oposição, procura o Democratas. É um partido que, sim, perdeu quadro ao longo do tempo. Mas perdeu numericamente. Em matéria de qualidade de opinião, a imprensa ouve necessariamente quadros do DEM", minimizou Agripino Maia..