O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, classificou como "inacreditável" o pedido de auditoria do PSDB. "É inacreditável e vergonhoso. O PSDB insulta a democracia e o povo brasileiro", afirmou Rossetto, um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff.
"É um desserviço à democracia e um desrespeito à vontade do povo", disse Rossetto, destacando que "historicamente" o TSE respeita o fuso horário do Acre - três horas de diferença em relação a Brasília -, antes de divulgar o primeiro resultado parcial, com o objetivo de não induzir o eleitor que ainda não votou.
Outros petistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo acusaram os tucanos de forçar um "3.º turno" após a derrota nas urnas. Vice-presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) considerou "lamentável" o comportamento do PSDB. "Se não apresenta prova e se orienta por boato, o partido desrespeita o TSE. Uma representação dessa é negar a lisura dos ministros do TSE", afirmou Chinaglia.
"O PSDB está ultrapassando os limites do respeito a um processo democrático que se exige de todo e qualquer partido", disse o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), para quem a sigla adversária "está entrando perigosamente por um ambiente de 3.º turno que tangencia o desrespeito à vontade da maioria".
O deputado Carlos Zarattini (SP) definiu como "muito grave" a ação movida pelo PSDB e disse que ela tem a finalidade de alimentar um ambiente de tensão. "O único objetivo disso é manter o clima de disputa e de acirramento."