Os vereadores de Belo Horizonte se concentraram nesta segunda-feira em provocações partidárias, fruto do resultado das eleições realizadas no mês passado. Com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seu companheiro de partido, Fernando Pimentel, para o governo de Minas, tucanos e petistas se revezaram nas críticas aos adversários. “Aceita a derrota”, disse o vereador Juninho Pain (PT), em referência ao insucesso dos tucanos em Minas e na Presidência.
Já os tucanos reagiram as provocações e defenderam a posição do partido. Para Henrique Braga (PSDB) a motivação da legenda na recontagem dos votos é para garantir que não haja irregularidades. “Já que o processo é tão seguro, como aponta o TSE, não há motivos para negar o pedido. É prova que teve maracutaia nas eleições, caso o TSE negue o pedido de verificação dos votos”, disse. Já o vereador Pablito, ex-tucano e que agora integra o PV, culpou o PT e a presidente Dilma pelo movimento de insatisfação e acusou a administração petista de aparelhamento do estado. “O ódio quem está plantando não foi o PSDB, mas as mentiras espalhadas pelo PT”, disse.
A reforma política também esteve presente, mesmo não sendo atribuição direta dos vereadores. Para Leonardo Mattos (PV), as legislativos devem assumir o protagonismo das discussões sobre o assunto, já que seus integrantes que são eleitos. “Nós não podemos ser sujeitos passivos nesse processo. Aquele que disputa eleição, aquele de disputa urna, precisa se manifestar, precisa dizer o que lhe aflige”, destacou. Outro a tratar do tema foi Gilson Reis (PCdoB). Para ele, além de mudanças no conjunto de regras que formam a legislação eleitoral há necessidade de promover mudanças na forma de atuação da mídia.