Jornal Estado de Minas

Após ação do MPF, ministério diz que Mais Médicos tem segurança jurídica

Segundo a nota, a lei que cria o programa foi aprovada pelo Congresso Nacional e o Mais Médicos cumpre todas as regras legais referentes à atuação dos profissionais participantes

O Ministério da Saúde informou, em nota, que tem convicção da segurança jurídica do Programa Mais Médicos.
Ontem (3), o Ministério Público Federal (MPF) divulgou que quer que o governo pague diretamente aos médicos cubanos a bolsa de R$ 10 mil pela atuação no programa, atualmente intermediado por meio de um acordo entre o governo brasileiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Cuba. Foram abertas uma ação civil pública e uma ação popular, que tramitam na Justiça Federal.

Segundo a nota, a lei que cria o programa foi aprovada pelo Congresso Nacional e o Mais Médicos cumpre todas as regras legais referentes à atuação dos profissionais participantes. “No caso do acordo de cooperação com a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde na América Latina, cabe ressaltar que não há irregularidade no acordo firmado pelo governo federal, que cumpre todas as regras estabelecidas para este tipo de cooperação”, informa.

O Ministério da Saúde esclarece que todas as decisões relativas às duas ações que tramitam na Justiça Federal contra o Programa Mais Médicos foram favoráveis ao governo federal. No caso da ação civil pública, movida pelo Conselho Federal de Medicina, o juiz federal indeferiu pedido de liminar em dezembro de 2013 e o processo continua a tramitar normalmente, ainda sem julgamento de mérito. A ação popular obteve decisão final de extinção do processo sem julgamento do mérito, uma vez que o juiz federal considerou o pedido juridicamente impossível e inepto.

Os profissionais cubanos representam hoje cerca de 80% dos 14,4 mil profissionais que atendem a população. Segundo o ministério, o programa assegura assistência médica a cerca de 50 milhões de brasileiros.

Com Agência Brasil.