Os advogados de Vargas, Michel Saliba e Marcus Gusmão, argumentaram que têm hoje compromisso previamente agendado fora de Brasília, razão pela qual não poderiam comparecer.
Esta é a sexta vez que a CCJ não consegue votar o recurso de Vargas, que contesta a decisão tomada pelo Conselho de Ética. Se for rejeitado na CCJ, a decisão sobre a perda de mandato de Vargas será decidida pelo Plenário da Casa. A ligação de Vargas com o doleiro, investigado no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, veio a público quando foi revelado, no início do ano, que ele pegou carona em um jatinho pago por Youssef.
Nas investigações, ele é apontado ainda como o responsável por indicar um ex-assessor do Ministério da Saúde para trabalhar no Labogen, laboratório que, de acordo coma a Polícia Federal, centralizava o esquema de lavagem de dinheiro de Youssef. Ele nega ter intermediado essa indicação.
Vargas era vice-presidente da Câmara dos Deputados e renunciou ao posto depois das revelações. Temendo danos eleitorais às campanhas da presidente Dilma Rousseff e dos candidatos petistas Gleisi Hoffmann, no Paraná, e Alexandre Padilha, em São Paulo, a direção do PT pressionou Vargas a também abrir mão do mandato. Ele acabou pedindo desfiliação do partido..