Questionado se Henrique Meirelles, que é filiado ao PSD, poderia ser indicado pelo partido para o Ministério da Fazenda, Kassab desconversou: "a composição do governo não terá indicação partidária. Caberá à presidente Dilma Rousseff compor o governo da melhor maneira possível e segundo a sua visão".
Kassab não fala explicitamente, mas já teria manifestado a interlocutores que gostaria de ser indicado para o polpudo Ministério das Cidades. O secretário das Micro e Pequenas Empresas. Guilherme Afif Domingos, que também é do PSD e ocupa uma vaga de ministro, é considerado cota da presidente e não do partido.
A expressão "vamos governar juntos" foi repetida várias vezes por Kassab. Ele fez questão de mostrar a diferença de participação do PSD no primeiro para o segundo mandato, sugerindo que tem direito mesmo a mais espaço agora. "O PSD, desde o primeiro momento, deixou claro que não iria participar de seu primeiro mandato, até porque não participamos da sua eleição. Cumprimos o nosso compromisso com a nação brasileira, para mostrar que era um partido que nascia não para ser governo, mas para ser partido", comentou.
Segundo Kassab, a bancada do PSD "fará parte da base de apoio do governo e, portanto, estará junto com o governo participando da discussão dos projetos e do seu encaminhamento, sabendo convergir, sabendo divergir, mas sabendo antes de mais nada estar ao lado do governo da presidente Dilma". Kassab admitiu ainda que o PL "poderá sim constituir um bloco conosco". Mas ressalvou que, "no momento, o PSD está aqui dando o seu apoio renovado a presidente"..