O Senado deve começar 2015 com pelo menos sete parlamentares que não foram votados diretamente para os cargos.
O grupo de novos suplentes diminuiu em relação a 2010. Naquele ano, quatro pessoas chegaram ao Senado pela eleição dos titulares para governos estaduais. Eleito governador de Mato Grosso, Pedro Taques passará o cargo para o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) José Antônio de Medeiros (PPS). Medeiros, como é conhecido na cena política local, nunca foi detentor de cargo eletivo, mas é presidente do PPS na cidade de Rondonópolis, onde mora. No Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg terá de passar o bastão ao servidor público Hélio José da Silva Lima (PSD).
Entre os suplentes que continuarão no cargo, dois assumiram vagas de senadores que morreram ao longo do mandato. Zezé Perrella (PDT-MG) conduzirá, até o início de 2019, o mandato conquistado pelo ex-presidente Itamar Franco. Eleito pelo PPS de Minas Gerais em 2010, Itamar não chegou a completar seis meses no cargo, porque morreu em junho de 2011. Caso semelhante é o do empresário Ataídes de Oliveira (Pros-TO), que herdou o mandato parlamentar após a morte de João Ribeiro (PP-TO).
Outros dois suplentes continuarão nos cargos graças a pendências judiciais dos titulares. Wilder Morais (DEM-GO) deve retornar no começo do próximo ano de uma licença de seis meses. Ele é o primeiro suplente de Demóstenes Torres. Também deve permanecer no cargo o ex-prefeito biônico de Porto Velho (RO), Odacir Soares (PP). Ele é segundo suplente de Ivo Cassol (PP).
Outros também poderão ascender ao Senado, dependendo da formação do novo ministério de Dilma. Estão na lista a mulher do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), Sandra Braga, e o ex-senador e empresário Raimundo Lira (PMDB-PB). Ele é o primeiro suplente do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que está cotado para suceder o ministro José Jorge no Tribunal de Contas da União (TCU). Eduardo Braga, por sua vez, pode passar o cargo à mulher caso consiga se tornar o sucessor de Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia.
A bancada dos sem voto
Suplentes confirmados para atuar no Senado na próxima legislatura
» Ataídes de Oliveira (Pros-TO): empresário, assumiu a vaga de João Ribeiro (PR), morto no fim de 2013. Tem direito ao cargo até o começo de 2019.
» Hélio José da Silva Lima (PSD-DF): ocupará a vaga de Rodrigo Rollemberg (PSB), governador eleito do Distrito Federal.
» José Antônio Medeiros (PPS-MT): assumirá a vaga de Pedro Taques (PDT), eleito governador de Mato Grosso.
É agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e considerado quadro histórico do PPS no estado.
» Maria Regina Sousa (PT-PI): substituirá o senador Wellington Dias (PT), eleito governador do Piauí. Iniciou a carreira como dirigente sindical bancária e já foi secretária estadual em gestões anteriores de Wellington.
» Odacir Soares (PP-RO): suplente de Ivo Cassol (PP), pode continuar no cargo até o início de 2019. Em setembro, o Supremo Tribunal Federal manteve a condenação de Cassol por fraude em licitação.
Odacir foi eleito senador por duas vezes (entre 1983 e 1999). Foi também prefeito biônico de Porto Velho entre 1970 e 1975, durante o regime militar.
» Wilder Morais (DEM-GO): é suplente do ex-senador Demóstenes Torres, cassado por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em julho, afastou-se por seis meses para cuidar de assuntos particulares e deve retornar ao Senado no começo de 2015.
» Zezé Perrela (PDT-MG): suplente do ex-presidente Itamar Franco, eleito senador pelo PPS em 2010. Ele assumiu o cargo com a morte de Itamar, em julho de 2011. Perrela deve permanecer na vaga até 2019. .