A comissão de sindicância instaurada pela Casa Civil da Presidência da República para verificar erros nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013 concluiu que o engano foi acidental e não há necessidade de tratamento disciplinar dos fatos apurados. Com a conclusão, o caso foi arquivado e a comissão encerra as atividades. A informação está em despacho do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, publicado na edição desta quarta-feira (12), do Diário Oficial da União.
A comissão de sindicância recomendou ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para aprimorar o processo de apuração dos dados e das análises da pesquisa.
A comissão de sindicância foi instaurada em 23 de setembro deste ano. No mesmo mês, o IBGE divulgou resultados da Pnad e, em seguida, informou que houve erro em alguns dos dados. O índice de Gini, por exemplo, que mede a desigualdade no país, em 2012 estava em 0,496 e, em 2013, caiu para 0,495, o que mostra redução da desigualdade social. No entanto, inicialmente havia sido divulgado o índice de 0,498, o que significaria aumento da desigualdade.
O erro ocorreu porque foi superestimada a população das regiões metropolitanas de sete estados que têm mais de uma região metropolitana, onde foi considerado o peso da região do estado inteiro, e não apenas o da capital. Isso influenciou no cálculo de dados como o índice de Gini. Outros dados como o rendimento da população, as taxas de analfabetismo e de desocupação também sofreram alterações.