Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo no início de novembro, Youssef confirmou em sua delação que deu R$ 1 milhão para a campanha de 2010 da ex-ministra, que foi eleita senadora naquele ano. O valor teria sido entregue a um empresário, proprietário de um shopping em Curitiba (PR), em quatro parcelas, de acordo com o depoimento do doleiro.
A defesa da senadora cita na peça enviada ao Supremo reportagem da revista Veja com as informações sobre a declaração de Youssef e reportagem anterior do jornal que aponta que Costa citou o ministro das Comunicações e marido de Gleisi, Paulo Bernardo, na delação. Costa disse que o ministro solicitou em 2010 "ajuda" na campanha da esposa.
A senadora contesta no STF a veracidade das afirmações de Paulo Roberto e de Youssef. A defesa de Gleisi alega que a "coincidência" do afirmado nas delações do ex-diretor e do doleiro é explicada pelo fato de os dois terem permanecido presos juntos em Curitiba, o que teria possibilitado a combinação dos argumentos a serem usados. A tese alegada no STF é de que a acusação contra Gleisi teria sido "fabricada".
A defesa nega o recebimento de colaboração financeira que não tenha constado na prestação de contas da campanha ao Senado e pede cópia dos depoimentos prestados por Costa e Youssef. O pedido foi feito antes da Polícia Federal iniciar a sétima fase da Operação Lava Jato.