Manifestantes se reuniram em ato na tarde deste sábado contra o governo da presidente Dilma Rousseff, em Belo Horizonte. O protesto faz parte de um movimento organizado em várias capitais do país para ocorrer no dia da Proclamação da República, comemorado hoje. A convocação foi feita via redes sociais. Na capital, dois grupos se concentraram para protestar. O primeiro, em maior número, estava na Praça 7, no Centro, e seguiu em direção à Praça da Liberdade, Região Centro-Sul, onde se encontraram com outras pessoas. Juntos eles marcharam até a Praça da Savassi. Somando as pessoas que estiveram durante todo o percurso, a Polícia Militar estima a presença de cerca de 600 pessoas. O trânsito não chegou a ser prejudicado.
Desta vez, para evitar polêmicas, alguns dos grupos que convocaram os atos orientaram os manifestantes a não levarem cartazes pedindo a intervenção militar ou a volta da ditadura.
Um dos organizadores do protesto em Belo Horizonte, o empresário Edson de Souza Pereira afirmou que o ato foi apartidário. "Não tem ligação com partidos. É contra o que está acontecendo, para acabar com a roubalheira", disse. No entanto, várias pessoas que participaram do ato atuaram nas campanhas eleitorais do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência e do ex-ministro e também tucano Pimenta da Veiga, derrotado em primeiro turno na disputa pelo governo mineiro.
No ato, organizado por meio de redes sociais, manifestantes carregavam cartazes dizendo que "a eleição foi golpe". "A eleição foi fraudada", afirmou Pereira. Já o engenheiro Décio Chami defendia mudança no sistema eleitoral. "Não adianta falar de passado. Temos que pensar no futuro. Deve ser feita uma impressão dos votos, que fica guardada para servir de contraprova em caso de suspeito. É transparência", defendeu.
Com Agência Estado .