Os acusados que tiveram os pedidos de liminar negados são o diretor vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite; o presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini; o presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler; o diretor presidente da área de internacional da construtora OAS, Agenor Medeiros; e o funcionário da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli.
No petição apresentada ao TRF-RS, a defesa de Eduardo Hermelino Leite explica que o objetivo do habeas corpus é substituir a prisão preventiva decretada por prisão domiciliar, devido ao precário estado de saúde do executivo. De acordo com o texto, ele tem hipertensão arterial de difícil controle, razão pela qual está afastado de suas atividades profissionais. A defesa também alega que a prisão preventiva carece de fundamentos básicos para sua existência.
A juíza entendeu que os elementos até então reunidos nos autos apontam para a existência de indícios suficientes de autoria delitiva e que não houve ocorrência de constrangimento ilegal no pedido de prisão preventiva e indeferiu o pedido de habeas corpus.
No caso de Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, Maria de Fátima Freitas Labarrère negou o pedido baseando-se na interpretação de que a decisão sobre a prisão temporária está devidamente fundamentada, "seja nos indícios de participação dos pacientes nos crimes apontados pela investigação, seja na possibilidade de comprometimento do procedimento investigatório", caso permaneçam soltos.
Ao indeferir o pedido de Agenor Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, a juíza lembrou que os autos sustentam a participação de ambos nos fatos investigados, motivo pelo qual não se verifica a ocorrência de constrangimento ilegal no pedido de prisão temporária.
Outros pedidos
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a juíza plantonista está avaliando outros pedidos de liminar em nome de executivos que foram alvo da sétima fase da Lava Jato, entre eles o advogado da OAS Alexandre Portela Barbosa, o diretor técnico da Engevix, Carlos Eduardo Strauch Albero, e o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada..