Jornal Estado de Minas

Presidente do TCU teme interrupção de obras em todo o país

Ministro Augusto Nardes avalia que se as empresas envolvidas na Lava-Jato forem consideradas inidôneas, o impacto será imediato nas empreitadas em andamento

Correio Braziliense
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, disse, nesta segunda-feira (17/11), que se todas as empresas envolvidas na Operação Lava-Jato forem declaradas inidôneas, as obras no Brasil podem parar.
Ele defendeu uma repactuação para evitar paralisações.

"O impacto tem que ser avaliado, porque, na verdade, tem muitas grandes empresas envolvidas. Se transformar todas em inidôneas, boa parte das obras do pais pode não continuar. Cabe ao governo o diálogo institucional para fazer uma repactuação", disse.Nardes disse que não é a favor de que as obras parem, mas que esta não é uma decisão que cabe apenas ao TCU. "Temos instrumentos para nós mesmos fazermos a repactuação. O que é importante é um diálogo com Controladoria-Geral da União e o Executivo para encontrar um denominador comum", disse.

O ministro também avaliou como positiva a decisão da presidente da Petrobras, Graça Foster, de criar mais uma diretoria para fazer controle interno na Petrobras. "Hoje, a presidente da Petrobras está dizendo que vai criar um departamento de governança na estatal.
O exemplo é significativo porque para lutar contra a corrupção não há caminho mais fácil que o organizar o Estado. Ter direcionamento. Governança é isso. É avaliar, direcionar", disse..