O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse na tarde desta segunda-feira que as denúncias sobre o envolvimento de empreiteiras na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, são "uma questão muito pontual" e defendeu que as empresas citadas continuem atuando.
Perguntado se o envolvimento das maiores empreiteiras do País no possível caso de corrupção poderia paralisar obras de infraestrutura no Brasil, Andrade afirmou não acreditar nessa possibilidade. "Eu acho que é uma questão muito pontual. São grandes empresas, com uma enorme capacidade de produção e de trabalho. O Brasil precisa dessas empresas e da tecnologia que elas têm. Certamente, elas também têm uma série de contratos que não têm nada de errado", disse, ao ressaltar que o País depende do trabalho dessas companhias. "Claro que essas empresas têm que continuar trabalhando para o bem do Brasil".
Na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga o desvio de recursos da Petrobras, a Polícia Federal prendeu e fez buscas nas casas de executivos de empreiteiras, como a Camargo Corrêa, Mendes Júnior e OAS. As empresas estariam envolvidas em esquema de pagamento de propina para a assinatura de contratos com a estatal.