O ex-diretor da Petrobras Renato Duque não colaborou com as investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato ao prestar depoimento nesta segunda-feira. Preso na última sexta-feira, Duque teria dado respostas evasivas às perguntas dos delegados, segundo investigadores. Ligado ao PT, ele ocupou a diretoria de Serviços da Petrobras de 2004 a 2012. Duque é acusado de ter recebido, ao menos, R$ 94 milhões de dois executivos que fizeram delação premiada.
Entre os presos estão quatro presidentes de empreiteiras e 15 executivos. A sétima fase da operação teve como foco o braço financeiro do esquema de corrupção que teria lavado R$ 10 bilhões da Petrobras.
Segundo o advogado de defesa de Duque, Renato de Moraes, "em hipótese alguma" o ex-diretor de Serviços da Petrobras irá propor um acordo de delação premiada. “Eu conversei com o Renato algumas vezes, e a única resposta que diz é que não tem o que delatar nem quem delatar. Então, não tem hipótese alguma de que isso aconteça”, declarou o advogado, quando saía da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.