Na última sexta-feira (14), a PF deflagrou a sétima fase da Lava Jato e prendeu 21 pessoas. Dentre os que tiveram prisão decretada estão quatro presidentes de grandes empreiteiras: José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS, Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, Dalton Avancini, da Camargo Correa, e Valdir Carreiro, da Iesa Óleo e Gás.
Além dos executivos, a oposição vai insistir na convocação de Duque, indicação do PT na petroleira; do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado; e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Também vão apoiar a convocação de Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro Alberto Youssef e que disse à Justiça que o ex-presidente do PSDB Sergio Guerra, morto no início deste ano, recebeu recursos do esquema.
Os oposicionistas querem aprovar os requerimentos mesmo faltando menos de uma semana para o encerramento da CPMI. Eles trabalham para prorrogar os trabalhos do colegiado em mais um mês e já articulam a instalação de uma nova comissão na próxima legislatura. "Propusemos um mutirão para todos os dias da semana estarmos aqui interrogando de manhã, tarde e noite se preciso for", disse Bueno. "É um escândalo que envergonha o País perante o mundo".
Em reação aos desdobramentos da Lava Jato, PSDB, DEM e PPS também acertaram outras medidas: vão propor hoje na CPMI a criação de uma comissão para viajar à Holanda e requisitar documentos às autoridades locais sobre o pagamento de propina pela SBM Offshore para funcionários da estatal brasileira. Na semana passada, a empresa holandesa firmou acordo com o Ministério Público daquele país e informou que pagou "comissões" a "agentes públicos" para garantir contratos e informações privilegiadas sobre a Petrobras.
Além disso, a oposição anunciou que não mais promoverá reuniões fechadas com o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), com o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), ou com os demais parlamentares da base.