A Polícia Federal (PF) prossegue nesta quarta-feira com os depoimentos de presos na sétima fase da Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos na Petrobras. Devem prestar depoimento hoje executivos ligados à empreiteira Camargo Corrêa, além de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que se entregou nessa terça-feira à PF após permanecer foragido desde a última sexta (14), quando as prisões foram decretadas. As oitivas ocorrem na Superintendência da PF em Curitiba.
Por enquanto, Adarico Negromonte ainda é considerado foragido. Ontem, 11 presos ganharam liberdade por meio da decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, e já deixaram a cárcere da PF em Curitiba.
Prisões
Na noite de ontem, Sérgio Moro manteve presos o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e mais cinco executivos de empreiteiras, acusados de envolvimento no esquema de corrupção. As prisões temporárias (de cinco dias) emitidas na semana passada, que começaram a ser cumpridas na sexta-feira, foram convertidas em preventivas (por tempo indeterminado).
Com isso, seguem presos os presidentes da OAS, José Adelmário; da UTC, Ricardo Pessoa; e da Camargo Corrêa, Dalton Avancini. Completam a lista de executivos Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do Conselho de Administração da OAS, e João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa.
Investigação no Congresso
Ainda nesta terça, a CPI mista que investiga do escândalo na estatal decidiu quebrar o sigilo bancário do tesoureiro do PT nacional, João Vaccari Neto. O petista é citado pelo doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos personagens do esquema de pagamento de propina por grande empreiteiras em troca de contratos com a petrolífera. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse que a quebra de sigilo de Vaccari é política e pediu a extensão a outros tesoureiros partidários.