O advogado Mario Oliveira Filho, representante do empresário Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, disse nesta quarta-feira que seu cliente faz "prospecção de negócios". O investigado prestará depoimento esta tarde na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso. A defesa também negou que Soares arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos entre empreiteiras e a Petrobras.
O advogado confirmou que Fernando Soares fez negócios lícitos com a Petrobras, mas negou que ele tenha qualquer ligação com o PMDB. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que o investigado arrecadava propina para o partido.
"O que percebo é uma ligação equivocada. Alguns dizem que a Diretoria Internacional da Petrobras é do pessoal do PMDB, enquanto outros dizem que é indicação do PT. Como Fernando teve negócios com a área internacional, então ele teria vínculo com o PMDB? Não tem. Se há um operador, não é ele", informou o advogado
Fernando Soares se entregou ontem à Polícia Federal em Curitiba. Chegou à Superintendência da PF em um táxi, acompanhado do advogado. Ele era considerado foragido desde a semana passada, quando as prisões da nova fase da operação foram decretadas.
Com Agência Brasil