Bastos foi ministro do governo Lula entre 2003 e 2007 e atuou em casos de repercussão nacional, como o mensalão e o esquema envolvendo o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Atualmente Bastos defendia a Camargo Corrêa e a Odebrecht no escândalo da operação Lava Jato.
Márcio Thomaz Bastos trabalhou também na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, Bastos formou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1958, tendo atuado no ramo do direito criminal. O ex-ministro foi vereador pelo Partido Social Progressista (PSP) na sua cidade natal de 1964 a 1969. Foi representante das entidades de classe dos advogados, presidindo a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 1983 e 1985.
Bastos participou da Assembleia Nacional Constituinte, como presidente do Conselho Federal da OAB. Em 1990, após derrota de Lula nas eleições presidenciais, aproximou-se do PT. Ele também foi um dos redatores do pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor (1990-1992). Em 1996, fundou o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), que é uma organização da sociedade civil.
Lamento
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do ex-ministro e afirmou que perdeu um "grande amigo".
Dilma e o ex-presidente Lula confirmaram presença no velório de Bastos, que será Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 14h. O corpo do advogado será cremado amanhã, às 9h, no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
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